Um dos fenómenos mais positivos dos nossos tempos é o crescente número tanto de formas de voluntariado como de pessoas, de praticamente todas as idades, que a ele se dedicam.
Actuam predominantemente a nível local. Mas há, sobretudo em organizações não governamentais, pessoas que se deslocaam muito para além da sua terra, país, raça e religião. Vão para onde são precisas, algumas para actividades que chegam a durar anos.
Dizemos que em todo o voluntariado o que está em jogo é sempre a caridade. Eu arriscaria dizer que é o Amor. E se há pessoas, por exemplo um reformado, que se dedicam aos outros para ocupar o tempo e evitar a solidão, pelo menos aquilo que fazem, é sempre um bem para quem é feito. E, quantas vezes, a experiência desse bem acaba por se impor de tal maneira, que passa para primeiro plano, como motivação. Daí os sacrifícios que a pessoa é capaz de sujeitar-se: o bem que faz aos outros torna-se um bem próprio a que dificilmente é capaz de renunciar.
O voluntariado é, para nós jovens, um escola de vida que educa para a solidariedade e a disponibilidade para darmos não apenas qualquer coisa, mas darmo-nos a nós próprios.
Na passada quarta feira a praça da alegria foi transmitida do Hospital de São João com objectivo de expandir a campanha "Um lugar para o Joaozinho" e angariar fundos para a construção de uma nova ala pediátrica. Foram entrevistadas quatro voluntárias e uma delas disse "Eu uso o cracha com o meu nome do lado esquerdo, do lado do coração". Com esta frase a voluntária classificou toda a sua acção "Amor".
"Damos mais do que recebemos?" "Recebemos mais do que damos?"
Os mais ousados procuram a resposta...
Lu*
P.S.: O tema veio "a baile" porque está a iniciar-se a época dos campos de férias da Juventude Hospitaleira e a divulgação aumenta e a procura deste tipo de actividades também.
